quinta-feira, 9 de abril de 2009

Texto: A transversalidade e a renovação no ensino de História, comentado por Etevaldo Nunes Lopes, 8º semestre de História, Universidade do Estado da

Etevaldo Nunes Lopes

Para José Alves de Freitas Neto educar é um desafio constante, ainda segundo o autor não é tão somente um desafio, mas a possibilidade de discutir e destrinchar as diferentes matizes do conhecimento adquirido pela a humanidade ao longo do tempo.
Para tanto, o autor afirma que o mundo está em constante transformação, por outro lado faz-se necessário que o educador além de saber interpretar e acompanhar com agilidade esta evolução acelerada na produção do conhecimento e da informação, também é preciso saber traduzir o conhecimento para o cotidiano do aluno.
O autor aponta que é importante perceber que a fragmentação dos conteúdos, dos horários, bem como a estrutura burocrática das escolas, o quanto dificultou o senso investigativo e explorador dentro da realidade pelo qual se encontram professor e aluno.
O autor faz uma análise de realidades diametralmente opostas, na sua visão o aluno que tem acesso às novas tecnologias, ou seja, ferramentas tecnológicas como a rede de computadores, tem como construir seu próprio espaço, enquanto que o aluno, que estar desprovido das condições socioeconômicas só lhe resta buscar a minimamente à sobrevivência, por um outro lado, a realidade pode ser mais dinâmica do que a mera aula expositiva.
Esta é uma problemática, que segundo José Alves de Freitas Neto, a resposta é complexa, ainda segundo Freitas Neto não teríamos condições de esgotá-la, ou seja, no tocante a esta questão pode se dizer que estamos longe de encontrarmos uma solução, na visão do autor trata-se de uma resposta cujo plural deve ser encontrada no âmbito prático, bem como na realidade de cada educador.
Nesta acepção, de experiências vividas provavelmente vivenciadas nos espaços escolares. No entanto, segundo o autor desde 1995, se encontra atrelado aos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), o conceito de transversalidade , que tem a proposta assertiva de minimizar os efeitos da fragmentação dos conteúdos, etc.
A transversalidade sobre a ótica da realidade brasileira, os especialistas de diversas áreas de ensino, que segundo o autor se configura em cinco temas transversais para a educação nacional: ética, pluralidade cultural, saúde, orientação sexual e meio ambiente, etc. Estes temas na visão do autor poderiam muito bem ser trabalhados e discutidos como apêndices das disciplinas tradicionais, o grande problema é como estes temas vêm sendo trabalhados na sala aula, ou melhor, como a transversalidade estar sendo trabalhada na sala de aula para que se tenha um resultado positivo?
O autor chama a atenção que não se trata de criar novas disciplinas, mas saber como lidar com a transposição didática, ou seja, trabalhar com conteúdos truncados especificamente na disciplina de História, destrinchar estes conteúdos contextualizando com elementos próprios do cotidiano sem que se perca na banalização de “cotidianizar” tudo que ver pala frente.
Por exemplo, no dia a dia do aluno , é comum o professor observar na sala de aula inúmeras piadinhas que mexem com a auto-estima do indivíduo, que na maioria das vezes tem a ver com o processo da escravidão no Brasil, segundo Freitas Neto cabe ao educador a incumbência de instigar, de provocar esta “realidade histórica e cultural” para a sala de aula, tendo em vista ser bastante recorrente ouvir piadinhas depreciativas: “negro urubu”, “negro só tem de branco os dentes”, negro é ousado mesmo”, são coisas que aberrantes advindas do baú da escravidão, que aos poucos vão se dirimindo.
O texto abrange muitos aspectos que não se esgotam, indagações cujas respostas são indefinidas, como o próprio autor deixa claro que se trata de uma problemática, que para todos os efeitos não há solução aparente, neste sentido A Transversalidade dentro do contexto da Renovação do Ensino de História é um processo em construção, mas sem dúvida este olhar transversal, ou seja, o objeto da transversalidade conjugará novas abordagens a respeito do ensino da História.


Referência:

Karnal, Leandro (Org). História na sala de aula, conceitos, práticas e propostas: São Paulo, Contexto, 2003.

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