sábado, 11 de abril de 2009

História e Cidadania - Por que ensinar história hoje?
Comentário por Lídia Machado

O autor aborda de forma concisa, porém eficiente, a tragetória do ensino de história. A mesma na construção do Hexágono, desempenhava claramente uma função cívica e alimentava o discurso da democracia republicana. No Brasil a história passou a ser disciplina escolar na metade do século XIX, no momento da afirmação do estado nacional.
A história brasileira só foi pensada de forma sistemática em meio ao processo de consolidação do Estado Imperial, e enquanto disciplina se ocupava principalmente com a sociedade contemporânea, e seu conteúdo se limitava a história política e sua metodologia a decorar nomes e datas dos "grandes feitos".
Os cursos univesitários que foram votados para formação dos professores secundários, surgiu como uma inovação e caminho de mudança do ensino de história no Brasil, que durante muito tempo ficou à deriva e controlado por forças políticas. A ditadura militar interrompeu esse inovação, cedendo assim espaço para a disciplina de Estudos Sociais, que usava a história como instrumento de formação de um espírito cívico.
O autor relata as principais disputas ocorridas em torno dessa disciplina e como o interesse visava a propagação e permanencia da classe dominate. Mesmo com algumas mudanças, a história continuou a ser repartida em eixos políticos e nos ciclos econômicos do país. Com a criação dos PCNs a principal função do ensino de história é formar cidadãos críticos e contribuir para um melhor desempenho do papel de educador.
Os PCNs compartilha a idéia de que a história moderna da cidadania se constitui pela ampliação dos direitos a serem garantidos, não limitando o ensino de história só ao eixos políticos e econômicos, como aconteceu antes de se perceber com um novo olhar o objetivo da história.

Referência: MAGALHÃES, Marcelo de Souza. História e cidadania: por que ensinar história hoje. In. ABREU, Martha; SOIHET, Rachel (orgs.). Ensino de história: conceitos, temáticas e metodologia. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2003.


Nenhum comentário:

Postar um comentário