segunda-feira, 6 de abril de 2009

Comentário de texto

Por uma história prazerosa e consequente
Por: Inailda Carneiro de Souza


No texto “Por uma historia prazerosa e conseqüente”, os autores Jaime Pinsky e Carla Bassanezi Pinsky trazem uma discurssão sobre o papel do historiador / professor na transposição do conhecimento histórico. Neste sentido nos chamam a atenção de que estudar, interpretar e ensinar história não é tão fácil como parecia, ou seja, um mero instrumento de propaganda ideológica.
Os professores de história devem ser caracterizados como seres capazes de formar pessoas críticas, inventivas, reflexivas, capazes de ouvir o outro, respeitar as diferenças, analisar situações, e buscar soluções para os problemas do cotidiano, sobretudo fazer com que os alunos percebam-se como sujeito do seu tempo.
Apesar do grande desafio de estar sempre inovando, diante de um sistema neoliberal, na prática o ensino de história não deve dissocia-se dos conteúdos históricos necessários para a compreensão do passado a partir de questões que nos inquietam no presente. Segundo os autores “as aulas de história serão muito melhores se o professor conseguir estabelecer um duplo compromisso: com o passado e o presente”. Para tanto ele deve estar preparado e motivado para dar boas aulas, o que só será possível com o empenho pessoal de cada um, em adquirir conhecimento e também entrar em contato com uma bibliografia atualizada, conhecer novas linhas de pensamento e discutir com os colegas estratégias para melhor operacionalizar nas salas de aula o patrimônio cultural e histórico. Sendo assim é fundamental que o docente seja criativo na realização da aula para provocar uma aprendizagem relevante e significativa; é necessário também que o professor de história adeqüei o conteúdo programático a real situação dos alunos. Entretanto na maioria das situações a escola limita-se em preparar o individuo para a mera aprovação de exames, contribuindo dessa maneira para a exclusão, marginalização social e fracasso escolar.
É sabido que o uso das novas tecnologias (filmes, novelas, sites...) tem distorcido o conhecimento histórico, por isso o professor deve estar preparado para lhe dar com estas situações, segundo os autores ele deve fazer uso destas tecnologias em sala de aula, no entanto o historiador deve estar promovendo o conhecimento histórico, tendo como referencial os estudos historiográficos, procurando evidenciar o não ceticismo ao conteúdo histórico, pois na sala de aula a figura do professor é imprescindível no processo de mediação do conhecimento.
De acordo com Carla e Jaime Pinsky, sendo o conteúdo programático de história muito extenso onde os professores não conseguem dar conta de todos, os docentes devem selecionar os conteúdos de maior relevância para o conhecimento do alunado, dando também sentido ao programa especifico de cada escola.
Sendo a escola um espaço social, onde estarão inseridos grupos de indivíduos com uma diversidade cultural e econômica, é função educativa do professor de história oferecer alternativas de amenizar as discriminações, desenvolver processos de socialização entre estes grupos, romper com as barreiras que os separam, integrando a escola com a comunidade.
Nesta perspectiva, a escola estará se transformando numa comunidade democrática, habilitadas em formar cidadãos informados e autônomos capazes de reconstruírem seus conhecimentos e compartilharem a aprendizagem adquirida; além de participar democraticamente das possíveis decisões tomadas pelos grupos políticos sociais.
Essa tarefa será menos difícil se o professor de história desenvolver seu papel, acompanhando o grupo de acordo as suas necessidades, provocando a busca de conhecimento instigando o aluno a pensar e praticar, rompendo com o currículo disciplinar institucionalista, pois o grande desafio do professor de história é instruir o aluno na construção do conhecimento para a vida.

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