
Enquanto conservadores e desinformados, por meio da mídia, principalmente por revistas de grande circulação, apontam o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terras) como uma organização de terroristas, o País continua convivendo com a questão da terra e suas distorções: latifundiários controlando grandes extensões de terras, enquanto o pequeno produtor migra para as cidades, quando a seca castiga as terras do Nordeste,por exemplo, ou vende o seu pedaço de terra para um produtor bem sucedido, que explora uma monocultura com vista a agro exportação, sem se importar com o meio-ambiente e sua degradação.
Neste sentido, Maria Luisa Mendonça (Jornalista e diretora da Rede Social de Justiça e Direitos Humanos) e Roberto Rainha (Advogado da Rede Social de Justiça e Direitos Humanos e membro do Setor de Direitos Humanos do MST), apontam que cerca de 26 mil grandes proprietários de terra, que representam menos de 1% de 5 milhões de proprietários, são donos de 46% de todas as terras do Brasil. Por isso, o Brasil é um dos países com maior concentração da terra, afirmam os representantes da Rede Social de Justiça e Direitos Humanos.
Aparentemente, o debate sobre o direito à terra definitivamente no Brasil está longe de ser esgotado. É de imaginar o triste futuro do País se todos continuarem se deslocando para as cidades a busca de uma nova vida, de emprego especificamente, quando as máquinas e o agronegócio expandem no campo, sem dar conta de que campo e cidade se complementam. Por outro lado, não será o agronegócio e sua tecnologia em certos casos que permitirão, por exemplo, garantir o equilíbrio populacional das cidades; a produção de alimentos para o mercado interno; a manutenção da cultura local; o equilíbrio ambiental e a solução de outras demandas de extrema urgência em um País, que a cada década a população aumenta de forma surpreendente. E o que dizer do simples fato, do direito à terra?
Leia mais: Violência no Campo e Reforma Agrária. Disponível em: http://www.social.org.br/relatorio2004/relatorio003.htm

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